sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Possibilidades....


Eu fiquei aqui pensando — Seria uma coisa possível transmissão de pensamentos? — Será que alguém de longe pode sentir ser o personagem principal do meu roteiro?Sim;só posso chamar de roteiro.Porque não deixa de ser "coisa de cinema" as cenas que passam pela minha cabeça cada vez que penso em você.Algumas já aconteceram,outras eu nem sei;mas que seria lindo,seria.

Não sei se a culpa é da carência,da inocência;mas verdade é que de você sei quase nada;só que você aquece,acalma.E sei que você pra mim faz falta,o que mais sobra em mim é a sua falta.

Só espera um pouco — Se meu pensamento é capaz de chegar até você,porque meu telefone não toca?Um oi...será que é pedir muito?

Fragmentado

Acontecimentos comuns em um mundo fragmentado.Já era parte da rotina acomodar com o ato e o fato que incomoda.O que a sustentava era ter por dentro,na sua surreal realidade uma força que a fazia capaz de equilibrar sua energia.

Coloria o que era cinza,adoçava o que foi amargura;a protegia da dor dos dias.Os dias...ai os dias;pareciam a sufocar cada vez mais.Comprimiam seu eu de dentro que quando acoado buscava uma saída que sempre encontrava pelos olhos da menina.Eles então lacrimejavam por que eram incapazes de esconder oque se passava dentro.

Esse era o único momento em que ela se via completamente exposta,escancarada.Ela inteira,agora uma parte do mundo;fragmentado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Como não lembrar...

Aquele cara.Parecia alguém que eu sempre quis ter perto.Parecia aquela pessoa,a que eu nem acreditava mais que existisse.Quando o conheci me veio a sensação que já o tinha visto.Me vieram lembranças,imagens distantes e misturadas de momentos que eu nem sei se aconteceram ou foram evidências que eu criei para justificar tamanha importância.Ele parecia ser do meu tipo de pessoa favorito,o que pra mim já era um grande perigo.Aumentavam as minhas chances de trocar os pés pelas mãos.
Aquele cara me fazia ter medo de falar oque penso.Me fazia pensar no que eu podia fazer pra não afastá-lo de mim.Afinal ele já me era tão caro e tinha aqueles olhos lindos e expressivos;coisa comum entre as minhas pessoas favoritas.Olhos que representavam sua maneira de ver o mundo e ao mesmo tempo parecer tão fora do mundo,aquele jeito só dele de ser quem é.
Muitas vezes imaginei tê-lo na minha frente.Eu tinha tantas coisas pra dizer,coisas que penso que só ele entenderia.Sem ter uma oportunidade,um dia eu a criei e finalmente pude vê-lo mais de perto.Naquele instante pensei como deveria agir,já que aquele cara não podia imaginar o que se passava comigo naquele momento.O que ele poderia saber afinal se nunca disse nada?Pra ele eu só era mais alguém por quem ele cruzava pelas ruas.Mesmo assim eu esperava que ele dissesse alguma coisa.Só que o problema é que ele era mais parecido comigo do que eu imaginava e ficou em silêncio.O cara também tinha essa mania sem sentido de ouvir o silêncio.Mesmo em silêncio,eu pude olhar diretamente aquele olhar que parecia querer me dizer tanta coisa.E eram tantas as coisas que eu sonhei em ouvir e uma montanha de outras que eu esperava falar,mas nada foi dito.Foram os mais longos minutos de silêncio,que me deixaram com a mais feliz das sensações.
Aquele cara não sabe,não faz idéia do bem que mesmo sem uma palavra, ele me fez.Não foi possível dizer sem palavras tudo o que estava gritando dentro de mim;e pensando bem eu acho que nem saberia como fazer.Só sei que aquele cara pra mim foi um presente;fez com que eu prestasse atenção em mim,me conhecesse mais,me gostasse,afinal é o que acontecesse quando a gente vive esses sentimentos bonitos.E como é bonito,como é intenso,ele me exige textos cheios de vírgulas,pra não chegar ofegante no final.Aquele cara tem um talento incrível pra me deixar na boa,com essa felicidade contida toda vez que vejo,lembro,penso e tudo isso em silêncio.Imagina se não tivessem esses muros,essas barreiras...Imagina se ele falasse,melhor nem pensar.

domingo, 27 de junho de 2010

As palavras tem uma força tão grande e que algumas pessoas parecem não entender.As usam de maneira tão irresponsável,como se não tivessem pra si algum significado.O pior é saber que muitas vezes na verdade não tem.Mas mesmo sem saber o que está dizendo só oque interessa é atingir bem fundo o outro.Existem várias maneiras de ferir,algumas deixam marcas que desaparecem com o passar dos dias outras marcas se transformam em medos,que a gente carrega por muito tempo.

sábado, 15 de maio de 2010

Girassol

Ele sempre foi pequeno.Um pequeno ponto no mundo.No passar das noites ele sonhava o nascer do dia.No correr das horas,a mais angustiante das esperas.Espera que era encoberta pelo nascer do Sol,dono de todo o fascínio.O responsável por causar e cessar toda a sua angústia.

Seus dias pareciam correr rápido demais e todo o tempo era pouco para saciar sua sede de calor e cuidado.Havia momentos em que ele pensava se havia alguma razão toda aquela espera.Será que podia o Sol tão grande e tão distante notar a existência de um pequeno Girassol?
Esse pensamento vinha sempre ao entardecer,no momento em que ficavam ainda mais distantes.

Como podia ele sonhar tão alto.Mais alto que suas mãos podiam alcançar.Não sabia se estava certo em querer e em duvidar.Toda essa espera poderia ser inútil,afinal ele é pequeno demais e poderia nunca ser notado.Mesmo que seja o girassol das pétalas mais genuínas e amarelas,nada lhe daria a certeza.
A única certeza de um Girassol é que seus dias sem Sol seriam noites,e que suas noites eram fontes de infinita espera.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Agora

Sabe aquele momento.Aquele que todo mundo espera,onde aparece aquela chance diante de você.A chance que você tanto esperava.O recomeço,a felicidade.Agora sabe quando você está com a oportunidade nas mãos e não sabe oque fazer com ela?Vem logo as lembranças do passado.A gente é capaz de relembrar cada passo,pra tentar descobrir oque fez de errado da outra vez e não repetir o memso erro.Pensamentos soltos,muitas dúvidas.Em meio a tanta confusão de pensamentos e emoções a gente descobre que não está pronto.

Ainda não está preparado.Aí a gente espera a calma,a paciência.Será que a felicidade tem paciência?Dá pra esperar um pouquinho?É só um tempo pra eu me arrumar,nem vai demorar muito.Entra não vai embora,fica aqui me fazendo companhia.Se tiver memso que ir embora,me leva junto?
É,a felicidade não pode esperar.Existem momentos que exigem que a gente tome uma decisão.É preciso seguir em frente.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mínimos detalhes

Ela tão sozinha e tão cercada de gente.Sempre pensara -Como pudera ser tão diferente.Era a dona de todas as perguntas,pena que todas as respostas lhe eram insuficientes.Buscava mais,queria sempre mais que os outros podiam lhe oferecer.Não entendia como podiam lhe oferecer tão pouco,se tudo que ela queria era o mínimo.

O mínimo respeito,a mínima amizade,o mínimo carinho.Acho que ninguém jamais entendeu isso,sempre pensaram que ela queria demais.Talvez culpa de sua gigante ansiedade que a consumia e assustava os outros.Ansiedade;adoraria saber quem inventou esse sentimento,que mesmo antes de saber que existia,agora sabia,já sentia.

Ela cercada de gente,era sincera;mesmo tendo aprendido a medir as palavras para não ferir.Ela ansiosa e sincera um dia se encontrou nas páginas de um livro.Como alguém pode me descrever tão plenamente?Ela sozinha viu então que não era tão diferente.Havia outros que pensavam e sentiam como ela.Podiam estar por perto ou distantes,exixtiam.E ainda mais,coexistiam intensamente.

sábado, 8 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas

"Que a vida é um sonho e o sonho é a vida…" (Alice no País das Maravilhas)

Quando eu uso uma palavra - disse Humpty Dumpty num tom escarninho - ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique ... nem mais nem menos.-

A questão - ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes.-

A questão - replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda. É só isso
****
Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?

- Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.-

- Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.-

- Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.
(Trecho de Alice no País das maravilhas)


O Filme

Alice no País das Maravilhas,é o novo filme de Tim Burton, baseado no clássico Alice no País das Maravilhas escrito por Lewis Carroll.

O filme se passa 9 anos após a história original, com Alice já com 19 anos. O filme tem no elenco Mia Wasikowska como Alice, Johnny Depp como o Chapeleiro Maluco, Helena Bonham Carter como a Rainha Vermelha e Anne Hathaway como a Rainha Branca.


Alice, agora aos 19 anos, está em uma festa da nobreza em Oxford, onde vive, até que descobre que está prestes a ser pedida em casamento. Desesperada, ela foge seguindo um coelho branco, e vai parar no País das Maravilhas, um local que ela visitou quando tinha seis anos mas não se lembrava mais.[6] Onde é saudada pelo Coelho Branco, o Ratão, o Dodo, Tweedledee e Tweedledum e várias flores falantes. Eles discutem sobre a sua identidade como "A verdadeira Alice", que matará o Jabberwocky e derrubará a Rainha Vermelha no "Dia Frabuloso",devolvendo o poder á Rainha Branca.

O filme começa com a festa de noivado de Alice, na Inglaterra do século 19. Uma menina frágil, orfã de pai e que não consegue enfrentar sua mãe e nem explicar a origem de seus estranhos sonhos. Na hora do pedido de casamento, ao invés de responder, Alice prefere correr atrás de um coelho que avista no jardim e acaba caindo na toca - a história que todos conhecemos - um buraco fundo que a leva para um mundo distante, surreal e imaginário.

Mais uma vez Clarice

Era uma simples tarde de primavera,onde o vento era capaz de levar consigo todo o perfume das flores.No meio de tudo ele era apenas um menino que não mostrava o sorriso e jamais tinha tido a necessidade das palavras.Talvez ele preferisse ser triste,quase gélido.Porém uma estranha contradição o fazia buscar sua plena solidão em meio as tulipas que perfumavam o vento.

Por algum motivo naquela tarde,tudo se transformaria.Diante dele estava Clarice,a menina feita de sonhos.Não sei se trazida pelo vento ou pela beleza das tulipas,mas ela estava lá.Ele no entanto,teve medo.Sentiu pela primeira vez sentiu uma grande vontade de rasgar seu silêncio.Na sua cabeça vieram várias letras de canções antigas,mas na sua boca só coube uma palavra.
— Pega — Era uma pequena flor,quase que despedaçada pelas suas gélidas mãos, mais Clarice a recebeu com um sorriso.

Naquele momento ele não era mais o mesmo,estava encantado.Encantado pela beleza de um sorriso.Clarice,agora razão de encantamento,foi tomada pelo impulso e retribuiu a flor de pétalas despedaçadas com um abraço,naquele momento ela podia abraçar o mundo inteiro.

O menino encantado permaneceu ali;parado.Desejou sentir aquilo um milhão de vezes,com a louca necessidade daqueles que tem urgência,dos que não aguentam mais esperar,dos que quase desistiram.Aqueles que precisam sugar até a última gota,para que o sabor daquele momento nunca passe.

Diante de tudo aquilo,estava pra ele derrubada a tal feliz tristeza da solidão.Tudo oque ele queria era ser dois.Seus olhos que eram tristes encontraram os de Clarice,a menina feita de sonhos.Logo Clarice que se perdia na realidade.Tinha que ser Clarice,porque ela sim sabia, que a tristeza é o último argumento dos que tem os sonhos despedaçados e precisam de um gesto sincero de carinho.

Platônico

Foi diante daqueles olhos que eu vi meu mundo se transformar.Tudo aconteceu em um só momento,onde até o tempo andou em compasso diferente.Eu inocente,me entreguei a esse amor descrente.Meu mundo parecia uma cena de cinema,onde eu o figurante estava diante do ator principal.Me vinham milhares de questionamentos,dos porquês que me convencem que não posso.Você estava tão alto,que minhas mãos eram incapazes de alcançar.
Você de mim nada sabe,nem do meu amor,nem da minha covardia.Só me resta o silêncio desse amor que mistura a sua realidade com a minha fantasia.

Certas coisas-Lenine

Suave...

Eu gosto dos sorrisos soltos.Aqueles meio sem motivo,quando não tem ninguém por perto.Um sorriso que só aparece quando a gente se sente confortável de ser quem a gente é.Momentos raros esses;culpa da nossa própria exigência e da exigência dos outros.

As pessoas cobram demais,sempre procurando encontar nos outros só os que lhes convém.Ai se eles soubessem que em cada pessoa se esconde um mundo novo.Seria tão mais fácil se desarmar pra conhecer o mundo do outro,estar disposto a compreender.Seria mais fácil e bem mais divertido;só que isso é privilégio dos mais sensíveis.

Eles,os sensíveis,sempre mais infelizes e mais felizes;os mais intensos.Acho que eles devem ser capazes de encontrar a chave que abre a porta para o mundo dos outros,de uma maneira que não seja distração,seja vontade.Quem sabe eles possam encontrar ali o tempo e o lugar certo pra buscar seus sonhos.Assim...sem moldar,sem cobrar;pisando suave no mundo do outro.Suave como aquele sorriso;que transparece e aparece,sem motivo lógico.Simplismente sincero.

"Tenho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista."(Clarice Lispector) "O meu coração tem asas, a minha razão anda a pé."(Fernanda Melo)

Clarice

Clarice...ai Clarice permanecia no meio de um conflito.Um conflito causado não por ela;mas pelas pessoas quem convivia.Ela não os julgava,não os apontava.Obviamente muitas vezes os desaprovava,e de forma ainda mais incrível conseguia os admirar.Clarice tantas vezes silenciosa,admirava a coragem das pessoas muitas vezes fazerem o errado ou o que os outros entendem por errado e suportarem ainda ser julgados por isso.

Pra ela as palavras doíam.Muitas vezes doíam mais que uma agressão física.Ela conseguia sentir o peso de cada uma.Talvez por ter uma consciência maior do que elas representavam,maior até do que quem as usou contra ela.

Nesses momentos ela tinha a seu favor uma coisa que ninguém imaginava,porque ninguém teria a mesma imaginação que Clarice,pois esse era o tesouro que ela tinha.Podia criar um mundo só seu,onde também estavam todos que ela amava,gostava e pessoas que ela nem conhecia.Não conhecia,mas admirava mesmo que de longe.Talvez admirasse os adjetivos que dedicava a aquelas pessoas,mesmo não tendo a certeza que eram adjetivos correspondentes.

Assim era Clarice,um misto de emoção com fantasia.Talvez fosse daí que viesse toda a suposta força que ela tinha.Como podia ela ter a aparente tranquilidade e alegria e ser capaz de transmiti-las pra todos aqueles que a cercava;mesmo aos que não eram capazes de lhe agradecer por isso.Esses mesmos que eram os responsáveis por esconder seu sorriso e tirarem sua paz.Clarice era só sonho,se alimentava deles e eles a faziam feliz.
Pés Cansados – Sandy

Fiz mais do que posso
Vi mais do que aguento
E a areia dos meus olhos
É a mesma que acolheu minhas pegadas

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você
Pra você

Eu lutei contra tudo
Eu fugi do que era seguro
Descobri que é possível
Viver só
Mas num mundo sem verdades

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você
Pra você

Sem medo de te pertencer, volto pra você.

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.

Meus pés cansados de lutar
Meus pés cansados de fugir
Os mesmo pés cansados voltam pra você.
O primeiro CD solo de Sandy "manuscrito" será lançado em 7 de maio, chegará às lojas em duas versões: simples (CD) e deluxe (CD e DVD).

A versão acompanhada pelo DVD traz o documentário de curta metragem “Tempo”, dirigido por Fernando Grostein Andrade. Andrade é irmão de Luciano Huck e dirigiu “Coração Vagabundo”, documentário sobre Caetano Veloso lançado em 2008.

Cheiro de liberdade

Me lancei ao ar livre.Que confusa sensação;alegria misturada a uma grande ansiedade e um pouco de medo.Incrível dia foi esse,mais uma oportunidade de me superar e me superei.Falei com pessoas que nunca conheci,passei por lugares nunca antes vistos,e que lugares eram estes,nem pareciam de verdade.Da janela do carro pude ver a imensidão que eu nem imagina que existia.O vento que batia no meu rosto tinha um cheiro especial,era o cheiro da liberdade que eu não imaginava que conhecia,mas ele não era estranho pra mim.

Só me eram estranhas aquelas casas com janelas pequenas no meio de todo aquele verde;plantaçãoes,rios,a terra vermelha.Todas aquelas pessoas vivem ali e parecem tão felizes vistas de longe,mas acho que realmente devam ser.Na verdade,acho que deve acontecer como nos filmes,nas novelas...toda aquela imensidão parecia um cenário e eu estava dentro dele.

Chegando à cidade desconhecida da confusa sensação,as pessoas pareciam ter a mesma simplicidade que aquelas das casas com janelas pequenas.No meio da rua completamente perdido,uma mulher me mostrou um caminho e eu confiei nela.Segui incansavelmente em frente,até encontrar a tal ponte com faixas amarelas de que ela falou;e eu a encontrei.Pensei em como existem pessoas boas no mundo,aquela mulher podia ter dito oque quisesse que eu acreditaria nela.Felizmente ela tem a simplicidade dos honestos,mais ainda faltava o resto do caminho que eu esqueci,por culpa da ansiedade em chegar a ponte.O jeito foi contar mais uma vez com o desconhecido;e mais uma vez ele foi bondoso comigo.

Então cheguei,tudo que eu procurava era uma rodoviária,um jeito mais certo de voltar pra casa.Por mais gostoso que seja o cheirinho da liberdade,tudo que eu queria naquele momento era me sentir seguro dinovo.No caminho de volta mais uma vez o vento batia no meu rosto e era mais forte,a diferença é que nesse momento já não tinha medo.O cheiro da liberdade já não me dá medo.Descobri que liberdade é o direito que todos temos;ou ao devíamos ter de evoluir.Sermos como borboletas e nos transformarmos.Não precisar,nem aceitar sermos aprisionados.Aprendi com as borboletas,num dia de longa e silenciosa metamorfose.Como uma borboleta já era hora de voltar ao meu jardim cuidado.

O ballet das borboletas

Todos os dias de manhã,no parque, a menina observava o grande jardim.Ela se encantava com a beleza das flores,que pareciam seduzir também as borboletas.Elas se aproximavam das flores e seguiam voando em um ballet sincronizado.Era com esse ballet,que as borboletas espalhavam através do pólen,toda aquela diversidade de flores por todo o parque.

Certo dia a menina chegou ao parque e sentiu a ausência das borboletas.Logo foi verificar se elas não estavam escondidas entre meio as flores.A menina não as encontrou,mas notou que as folhas estavam repletas de pequenas lagartas.As lagartas pareciam comer oque encontravam pela frente,oque fez a menina temer pela beleza do jardim.

Outro dia voltando ao parque,a menina se entristeceu ao perceber que ainda não havia sinal de seu ballet de borboletas.Em meio as flores ela encontrou não mais as lagartas,mais outra coisa,só que agora o ser encontrado,pra ela era um completo estranho.Como não os conhecia,a menina logo pensou que aqueles pequenos e horrendos seres,haviam comido suas queridas borboletas.

A menina então resolver que iria esperar pela volta das borboletas,para que pudesse as proteger.Não podia deixar que aqueles seres horrendos, que invadiram seu jardim de flores,fizessem mal às borboletas.Ela observava atentamente as flores,quando percebeu um pequeno movimento que vinha justamente dos seres invasores.

Ela viu surgir um pequeno buraco naquele ser.Só aí percebeu,que outro ser se esforçava pra romper aquela,que era somente uma casca,um casulo.De dentro daquele casulo,a ela viu sair a mais linda das borboletas.A menina já novamente encantada,acompanhou a nova borboleta em seus primeiros movimentos.Acompanhou os primeiros ensaios,antes que a borboleta pudesse se juntar as outras,que ainda se esforçavam pra romper seus casulos.A menina pode ver de perto,a longa e silenciosa metamorfose.E assim teve de volta,toda a beleza do ballet das borboletas.

A estrada...

Eu quase posso me ver caminhando por uma longa estrada silenciosa.Cada passo que dou parece ser tão pouco diante de toda essa imensidão,mas no fundo eu sei que vou chegar.Vou encontrar o meu destino.Pra isso preciso caminhar assim,sem direção certa.

Pareço perdida,na verdade estou.Perdida em meus pensamentos.Sei que já estou cansada,mas existe uma força que me faz continuar caminhando.É essa força que me dá coragem pra enfrentar meus medos e que me deixa tão grande quando estou diante deles.

Sei que encontrarei pedras que me derrubarão pelo caminho,mas tenho que lutar pra me manter erguida.A cada queda,maior é a força que me põe de pé.Eu sei que adiante haverá uma montanha e eu tentarei superá-la.Posso perder muitas vezes,e muitas outras vezes terei de recomeçar.

Buscarei,não importa onde,nem o tempo que demore.Eu sei que me farei forte na subida,porque tudo o que estou buscando está do outro lado.

Complemento

Oque podemos esperar do outro?Quase impossível saber.Muito difícil imaginar onde é o limite do outro,principalmente se a gente não conhece nem o nosso próprio limite.É injusto procurarmos em outra pessoa oque nos falta.Como ele pode ser capaz de entender e suprir oque falta em mim?Isso é querer fazer dele um objeto,um boneco perfeito pra satisfazer minhas vontades.É tirar dele seu brilho próprio,a beleza das suas qualidades e o direito aos seus defeitos.É decretarmos sua anulação.

Não é culpa da outra pessoa ela não ser exatamente a tradução dos meus sonhos,até porque se o sonho é meu,só eu o conheço e só eu sei essa tradução.Amor acima de tudo é respeito,aceitação.Ame o valor do outro,mesmo quando ele não tenha muito valor,ou melhor,principalmente nesse momento.Pois será nesse momento que ele mais precisará do seu amor.

Me adora-Pitty

Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
"Só não desonre o meu nome"

Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome

Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber